segunda-feira, 11 de abril de 2011

Ontem deixei que um turbilhão de coisas, umas com sentido outras sem, expremessem meu cérebro.. Achando que talvez eles se expremeriam junto, se destruiriam.. (porque na verdade, eu não queria pensar em nada).
acho que não se destruiram, ainda ouço os barulhos dos passos assim, meio longe, passeando.. estão em algum lugar aqui dentro.. queriam se transformar em tinta, tomar conta de um caderno inteiro de lamentações..

Eu não queria que, ao se tranformassem, tomassem suas formas originais. Eles sabem que não são tão fofinhos assim.

Não se transformaram. Decidiram dar uma voltinha.. ir pra outro canto de mim, talvez camurflar-se, não sei.

Hoje, eu acordei porque um avião passou aqui por cima da minha casa, parecia tão pertinho.. quando corri para a janela e vi, na verdade estava longe. E, antes de tomar meu café, tomar meu banhoe ir a luta, eu fiquei uns dez minutos na janela, de olhos fechados.. respirando fundo, somente. Não tinha nenhum ventinho sequer, o que me entristeceu um pouco, pois gosto tanto dessa brisa pela manhã, que as vezes de tão violenta me descabela, mas me lava.

E aí voltei de mim, e as coisas com ou sem sentido haviam mesmo parado de andar em mim, não escutava mais os passos. Calá-los não faz parte do que sou, do meu jeito.. mas por vezes, o aquele descontrole, aqueles ares sombrios que vem sem pedir licença tem origem por que damos atenção demais aquelas coisas.. sabe.. que passeiam em nós, com a face da loucura estampada, sem rodeios. Com um "q" de anti-verdade e educação nenhuma.

É uma viajem, eu sei.. parece. perdi as rédias dessas coisas mal-educadas naqueles dez minutos da janela.
É eu sei.

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