terça-feira, 15 de março de 2011

Pega e abre a jenela, as cortinas voam com o vento que vem da rua.. olha e vê os prédios, os carros, buzina, barulho, barulho... fluir de pensamentos fugitivos.. estranhamento..as gotas da chuva molham o rosto, tomado de abandonamento, e se misturam com as lágrimas vermelhas. E deixa molhar a casa.. deixa o vento revirar os quadros na parede, desfolhar os livros, balançar as fotografias no varal em revelação.. a casa cheia de folhas ora jogadas ao chão ora voando pelo ar. O vento para, a janela fecha, rápido. Acho que é a vida, dizendo que é maior do que meus sonhos mais infinitos, que tem camas elásticas no fundo pra amortecer o salto.. mas não sede a mão que empurra nas costas.. empurra pra frente. E permanece assim, permanece ali.

Permanece.

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